Riluzol – Bula, O Que é, Indicações e Contraindicações

Riluzol é a substância ativa de um medicamento chamado Rilutek, produzido pelo laboratório Novartis e administrado em adultos e pessoas com idade mais avançada. Para saber todos os detalhes sobre este fármaco, confira nosso artigo.

Para Que Serve o Riluzol?

Riluzol é utilizado no tratamento de pacientes que sofrem com esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como ELA ou doença do neurônio motor.


Esse problema faz com que as células nervosas responsáveis por enviar estímulos aos músculos sejam atacadas, o que causa intensa fraqueza, perda muscular e paralisia.

Riluzol

Ação Esperada Desse Medicamento

O Riluzol atua no sistema nervoso central e evita a degradação dos neurônios motores. Ainda que as causas exatas do surgimento da esclerose lateral amiotrófica não sejam confirmadas, a maior evidência é que a destruição das células nervosas provocada por essa doença esteja associada a uma quantidade excessiva de glutamato.

O glutamato por sua vez é uma substância responsável por transmitir as informações entre as células do sistema nervoso. Por esse motivo, o glutamato é classificado como um neurotransmissor.

O Riluzol atua justamente no bloqueio da liberação de glutamato, evitando que as células nervosas sejam lesionadas. Em média, o medicamento começa a apresentar o efeito desejado após uma hora e meia de ser ingerido.

Contraindicações do Riluzol

Por mais que o Riluzol seja uma substância crucial no tratamento da esclerose lateral amiotrófica, esse medicamento não é indicado nas seguintes situações:

– Gestantes;

– Mulheres que estão amamentando;

– Pacientes que apresentam insuficiência hepática (relacionada ao fígado);

– Pessoas que apresentam hipersensibilidade ao princípio ativo (Riluzol) ou excipientes contidos na fórmula dos medicamentos que levam essa substância.

Obs.: pacientes que sofrem qualquer tipo de problema de saúde ou que façam uso de outros tipos de medicamentos (de forma contínua ou não) devem informar tais condições ao médico responsável pelo tratamento.

Interação Medicamentosa

De acordo com pesquisas in vitro, os inibidores de CYP 1 A 2 (principal isoenzima envolvida no metabolismo oxidativo inicial do Riluzol), tais como diazepam, imipramina, diclofenaco, cafeína, nicergolina, teofilina, fluvoxamina, clomipramina, amitriptilina, quinolonas e fenacetina, podem reduzir significativamente o índice de eliminação de Riluzol.

Já os indutores de CYP 1 A 2, tais como omeprazol e rifampicina podem elevar o índice de eliminação do Riluzol.

Efeitos Colaterais do Riluzol

Os efeitos colaterais do Riluzol podem se apresentar em maior ou menor intensidade, o que depende das condições gerais de cada organismo e resposta imunológica do paciente ao tratamento. Os principais efeitos colaterais apontados quanto ao uso desse medicamento são:

– Dores na região do abdômen;

– Diarreia;

– Náusea e/ou vômitos;

– Redução ou perda do apetite;

– Fraqueza;

– Sonolência excessiva;

– Vertigem (tontura);

– Diminuição da função pulmonar.


Por mais que esses efeitos sejam de certa forma esperados, quando eles aparecem o médico sempre deve ser informado, sobretudo quando as reações ao medicamento são muito intensas. Mediante avaliação do paciente, o médico poderá readequar a dosagem ou substituir o fármaco.

A Importância do Acompanhamento Médico

Além do uso de Riluzol e demais substâncias atuantes no tratamento da ELA, é fundamental que o paciente conte com um amplo acompanhamento médico (feito por diversos especialistas), já que essa doença causa graves consequências.

De forma geral, o médico responsável por diagnosticar e iniciar o tratamento da esclerose lateral amiotrófica é o neurologista, especialista em identificar doenças que afetam o sistema nervoso central e periférico.

Posteriormente, com o passar do tempo, além do acompanhamento com um neurologista, é necessário que o paciente faça acompanhamentos pontuais ou contínuos com:

– Pneumologistas;

– Fisioterapeutas respiratórios;

– Fisioterapeutas motores;

– Fonoaudiólogos;


– Nutricionistas;

– Terapeutas ocupacionais;

– Hidroterapeutas;

– Psiquiatras;

– Psicólogos.

Esse conjunto de profissionais trabalha na amenização dos efeitos da doença, fazendo com que o paciente tenha condições de viver por mais tempo e com a maior qualidade de vida possível.

Tratamentos Complementares

Depois que o paciente inicia o tratamento para a esclerose lateral amiotrófica com o uso de Riluzol, é necessário adotar também os tratamentos complementares, que na maioria dos casos são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde – SUS.

Esse conjunto de medidas é essencial para reduzir a velocidade de progressão da doença e prolongar a vida do paciente.

Com relação aos tratamentos complementares, os principais deles são:

Fisioterapia

As sessões de fisioterapia e demais tratamentos ortopédicos são fundamentais para maximizar as funções musculares e proporcionar menor comprometimento dos movimentos do paciente.

O ideal é que essas sessões sejam iniciadas o mais rápido possível, após o diagnóstico da doença. Também é importante procurar fisioterapeutas que sejam especializados no atendimento a pacientes que sofrem com a esclerose lateral amiotrófica.

Reabilitação

Os programas de reabilitação, assim como as sessões de fisioterapia, são de imensa ajuda para reduzir os efeitos negativos que essa doença provoca nos músculos e também no sistema respiratório.

As sessões geralmente são conduzidas por um profissional ou equipe de profissionais da área da saúde com experiência no tratamento de pacientes com ELA.

Acompanhamento Nutricional

Os pacientes que sofrem de ELA geralmente apresentam significativa perda de peso em virtude da redução do apetite e problemas bruscos de deglutição.

Por isso, é de suma importância contar com o apoio de um nutricionista para manter a quantidade adequada de ingestão diária de calorias.

O nutricionista também elabora cardápios mais adequados de acordo com os problemas de deglutição apresentados pelo paciente, fazendo com que a alimentação se mantenha nutritiva, rica em vitaminas e minerais.

Meditação

Técnicas de meditação são indicadas como tratamento complementar da esclerose lateral amiotrófica pelo fato de tais técnicas contribuírem para a qualidade da respiração, desempenho muscular e também para ajudar no equilíbrio emocional do paciente – que sofre bastante pelo fato de sofrer de uma doença rara e ainda sem cura.


Além de saber sobre o Riluzol por meio dessas informações, sempre esclareça com seu médico todas as dúvidas antes de usar este ou demais medicamentos e verifique todas as possibilidades de tratamentos complementares junto ao SUS com o objetivo de obter todas as condições para aliviar os efeitos da esclerose lateral amiotrófica.

Para que os medicamentos possam ser comercializados, eles devem ser registrados na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em casos de dúvida, verifique no portal da Agência em “Consulta de Produtos”, pois pode ser um medicamento irregular ou falsificado.

IMPORTANTE: Esse conteúdo é apenas para fins educacionais e não substitui de forma alguma a orientação de um médico. Consulte sempre um médico.