Sífilis – O Que é, Causas, Sintomas, Tratamento e Prevenção

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) provocada por uma bactéria chamada de Treponema pallidum. Em outras palavras, a sífilis também pode ser caracterizada como uma infecção bacteriana transmitida por meio do contato sexual.

Para saber todos os detalhes sobre essa doença e também conhecer as formas de prevenção, confira nosso artigo.


Quais São os Sintomas da Sífilis?

Sífilis

A sífilis é uma doença que apresenta basicamente 3 estágios, sendo que os sintomas variam de acordo com cada um deles.

Estágio 1

A sífilis ocorre assim que o organismo é afetado pela bactéria Treponema pallidum. Após 3 ou 4 dias do contágio, é possível notar feridas indolores no local da infecção, geralmente na região genital.

Esse sintoma pode ser de difícil observação quando essas feridas se apresentam no colo do útero ou reto. Ainda que não ocorra o tratamento, essas feridas desaparecem em aproximadamente 10 dias e a bactéria torna-se dormente no organismo.

Estágio 2

Acontece de 2 a 8 semanas depois de as primeiras feridas se formarem. Nesse estágio, quando a bactéria “acorda” do estado de dormência, são observados os seguintes sintomas:

– Vermelhidão pelo corpo (exantema);
– Coceira (principalmente na região afetada)e em demais partes do corpo;
– Aparecimento de íngua nas axilas e pescoço;
Dores musculares;
– Dor de garganta;
– Febre;
– Dificuldade de engolir;
– Aumento do fígado e baço;
– Quadros de meningite;
– Perda de coordenação motora;
– Sinais de demência;
– AVC;
– Problemas de visão ou cegueira;
Problemas cardiovasculares.

Cerca de 33% dos pacientes que não realizaram o tratamento da sífilis no estágio 1 acabam desenvolvendo o estágio 2 da doença.

A partir do momento que o tratamento é iniciado nesse segundo estágio, os sintomas desaparecem no período de 2 semanas, sendo que a bactéria novamente se tornará inativa.

No entanto, nessa fase a sífilis ainda continua a ser transmissível mediante contato com a região de transmissão (geralmente órgãos sexuais).

Estágio 3

Trata-se do estágio mais difícil para detectar e diagnosticar essa doença. Os sintomas geralmente são dores de cabeça e crises de epilepsia.

Sífilis Congênita

A sífilis congênita é quando a mãe infectada pela doença transmite a bactéria para o bebê. Isso pode ocorrer no decorrer da gravidez (por meio da placenta) e também no momento do parto.

De forma geral, os bebês que nascem infectados pela sífilis não apresentam qualquer sintoma da doença.

Entretanto, em alguns casos, é possível observar nos recém-nascidos algumas rachaduras nas solas dos pés e palmas das mãos.

Quando não tratada nos bebês, com o passar do tempo a sífilis pode acarretar consequências graves para as crianças, entre elas deformidades nos dentes e surdez.

Tratamento da Sífilis

O tratamento da sífilis é feito à base de penicilina, antibiótico mais eficaz no combate à bactéria que provoca a doença.


Uma única injeção desse potente antibiótico é suficiente para evitar a progressão da sífilis, sobretudo quando essa injeção é aplicada no primeiro ano depois da infecção.


Inclusive, a penicilina é o único medicamento recomendado no caso de gestantes que sofrem dessa doença e também dos bebês assim que nascerem.

Obs.: ainda que o tratamento da sífilis seja bem-sucedido na gestante, o bebê deve ingerir as quantidades recomendadas de antibiótico como forma de tratamento logo nos primeiros meses de vida − mediante acompanhamento médico.

O tratamento dessa DST envolve a realização de exames de sangue a cada 3, 6, 12 e 24 meses para garantir que não há mais infecção. A atividade sexual deve ser evitada até que o segundo exame demonstre que a infecção foi curada.

É importante frisar que a sífilis é muito contagiosa durante o contato sexual quando o organismo está passando pelo estágio 1 e 2 da doença.

No tratamento da sífilis, os medicamentos mais recomendados pelos médicos são:

– Clordox;
– Benzetacil;
– Doxiciclina;
– Bepeben;
– Eritromicina;
– Ciprofloxacino.

A dosagem ideal e período de tratamento com um desses medicamentos devem ser definidos pelo médico responsável pelo tratamento, de acordo com o estágio da doença e condições gerais do organismo de cada paciente.

A cura da sífilis é totalmente possível quanto mais cedo a doença é diagnosticada nos estágios 1 e 2.

Mediante uso dos medicamentos prescritos pelo médico, é possível obter excelentes resultados e evitar todas as complicações oriundas da doença que, quando não tratada, evolui para o estágio 3.

No terceiro estágio, o tratamento da sífilis se torna bastante complicado, já que a bactéria se espalha pelas mais diferentes regiões do corpo e começa a afetar o cérebro.

A Importância do Sistema Imunológico

Para que o tratamento da sífilis seja bem-sucedido é fundamental cuidar também do sistema imunológico, já que disso depende grande parte da cura.

Quanto mais fortalecido o sistema imunológico, melhor o organismo combate a bactéria e elimina todos os sintomas mencionados, sobretudo nos estágios 1 e 2.

Já no caso de pessoas com sistema imunológico frágil, o tratamento se torna mais difícil. Para aumentar as defesas imunológicas é essencial ingerir bastante água todos os dias, cuidar da alimentação e praticar atividades físicas.

A combinação desses fatores torna o corpo mais resistente como um todo.

Como Prevenir a Sífilis?

A melhor forma de prevenir a sífilis é sempre usar preservativo durante o ato sexual, já que essa é a maneira mais segura de evitar contato direto entre os órgãos sexuais e evitar o contágio da bactéria causadora da doença.

Além de prevenir a sífilis, o uso constante do preservativo evita uma série de outras doenças sexualmente transmissíveis, entre elas o HIV, gonorreia, herpes genital etc.

A Importância dos Exames Anuais

Além de dar atenção total aos sintomas dessa DST, é necessário manter uma regularidade quanto à realização de exames ginecológicos e urológicos com frequência de 6 meses a 1 ano.

Essa simples medida evita o agravamento da doença e permite que ela seja diagnosticada quanto antes, o que favorece a eficácia do tratamento.

Exames clínicos e de sangue são suficientes para averiguar a suspeita de sífilis e analisar a saúde do sistema imunológico como um todo.


Depois de saber sobre a sífilis, consulte um médico para realização de exames periódicos e adote todas as medidas preventivas para evitar o surgimento dessa doença, principalmente no que se refere ao uso de preservativos durante as relações sexuais.

Por mais que você se sinta bem, faça um Check-up  uma vez por ano.  Exames regulares ajudam seu médico acompanhar sua saúde e identificar alguma ameaça de doença, colocando você no caminho do tratamento.

IMPORTANTE: Esse conteúdo é apenas para fins educacionais e não substitui de forma alguma a orientação de um médico. Consulte sempre um médico.