Paroxetina: O Que é, Para Que Serve, Como Usar, Contraindicações

A Paroxetina – também chamado de Cloridrato de Paroxetina, se trata de um medicamento antidepressivo pertencente a classe dos ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina).

Quando a Paroxetina é Prescrita?

Este medicamento é prescrito para tratar casos como: depressão, transtorno obsessivo compulsivo, estresse pós-traumático e transtornos da ansiedade (síndrome do pânico, agorafobia, transtorno da ansiedade generalizada, etc.).


Apresentação e Composição

Paroxetina

A Paroxetina tem apresentação em comprimidos revestidos de 10 mg e 20 g.

Cada comprimido da medicação contém 12.80 mg ou 22.80 mg de Cloridrato de Paroxetina. Além dos excipientes: estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, dióxido de titânio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, macrogol e hipromelose.

Há embalagens contendo 20 ou 30 comprimidos. O uso é oral e indicado para adultos.

Como Usar a Medicação?

A medicação pode ser administrada de manhã ou à noite, de preferência após uma refeição, para o comprimido não causar desconfortos gástricos.

Já a dosagem depende da prescrição médica, variando conforme o quadro do paciente e sua resposta ao tratamento.

Vale ressaltar que o medicamento leva cerca de 2 semanas para o paciente começar a sentir os seus benefícios e cerca de 2 meses para atingir a sua maior eficácia.

Em geral, as doses prescritas pelos médicos e a duração do tratamento são:

  • Depressão: a dose indicada é de 20 mg diários. Alguns pacientes podem necessitar de uma dosagem maior, que pode chegar a 50 mg. O aumento da dose deve ser feito gradativamente.

A duração do tratamento pode ir de 3 meses a 1 ano ou mais;

  • Transtorno do Pânico: recomenda-se a dosagem diária de 40 mg de Paroxetina. Para evitar efeitos colaterais incômodos, o tratamento pode ser iniciado com 10 mg diário, aumentando-se a dosagem até 40 mg, de forma gradativa.

Alguns pacientes podem precisar de 50 mg ao dia da medicação. A duração do tratamento é de 6 meses ou mais;

  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): a dose indicada é de 40 mg ao dia. Recomenda-se que o tratamento seja iniciado com 20 mg ao dia e a dosagem aumentada gradativamente, com a introdução de mais 10 mg por semana, até alcançar a dose ideal.

No caso do TOC alguns sintomas podem persistir, mesmo com o tratamento sendo seguido corretamente pelo paciente. Algumas pessoas podem necessitar de uma dose diária de 60 mg;

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada: recomenda-se 20 mg ao dia da medicação. Alguns pacientes podem não responder adequadamente a essa quantidade do antidepressivo, precisando de doses maiores, até 40 mg ao dia.

A duração do tratamento é de 1 ano para mais;

  • Fobia social: é recomendada a dosagem diária de 20 mg da medicação. Caso o paciente não responda a esta quantidade do medicamento, a dosagem pode ser aumentada até 40 mg ao dia.

A duração do tratamento é de 6 meses ou mais,

  • Transtorno de Estresse Pós-Traumático: está indicada a dosagem diária de 20 mg do antidepressivo. Alguns pacientes podem necessitar de doses maiores, de até 50 mg ao dia.

Uso da Medicação Por Pacientes Especiais

Alguns grupos de pacientes requerem alguns cuidados especiais na utilização da medicação.

Para pessoas idosas, com mais de 65 anos, por exemplo, não se recomenda doses maiores do que 40 mg ao dia.

Adolescentes devem ser observados cautelosamente no início do tratamento, pois há relatos de tentativas de suicídio.

Pacientes com menos de 18 anos de idade não devem fazer uso do medicamento.


Já os pacientes com problemas de rins ou fígado, devem realizar exames específicos com frequência, enquanto estiverem em tratamento com a Paroxetina.

Como Age a Medicação?

Assim como os outros ISRS, a Paroxetina melhora a comunicação dos neurotransmissores e aumenta a disponibilidade da serotonina nas fendas cerebrais. Com isso, o paciente sente alívio nos sintomas da depressão e ansiedade.

Efeitos Colaterais do Fármaco

Embora o medicamento antidepressivo seja bem tolerado pelos pacientes, podem ocorrer efeitos colaterais. Os efeitos muito comuns e comuns costumam se manifestar no início do tratamento e desaparecerem em cerca de 2 semanas após o começo de seu uso.

Efeitos colaterais muito comuns (ocorre com >1/10): disfunção sexual, náuseas e vômitos.

Efeitos colaterais comuns (ocorre com > 1/100 e < 1/10): ganho de peso, sudorese, astenia, boca seca, diarreia, visão turva, tonturas leves, sonolência, dor de cabeça, pesadelos.

Efeitos colaterais incomuns (ocorre com > 1/1.000 e < 1/100): rash cutâneo, retenção e dificuldade em urinar, incontinência urinária, midríase, taquicardia, pressão arterial baixa, distúrbios extrapiramidais, confusão mental.

Efeitos colaterais raros (ocorre com >1/10.000 e < 1/1.000): distúrbios de plaquetas, alterações no ciclo menstrual, acatisia, convulsão, síndrome das pernas inquietas, euforia, tremores.

Efeitos colaterais muito raros (ocorre com < 1/10.000): trombocitopenia, alergias, choque anafilático, síndrome serotoninérgica, alucinações, sangramentos gastrointestinais, glaucoma, inchaços, fotossensibilidade.

Interações Medicamentosas

Alguns medicamentos e substâncias podem interferir nos efeitos da Paroxetina – reduzindo ou exacerbando as propriedades de ambos. Assim é preciso cautela ou evitar o uso do medicamento em alguns casos, como:

Drogas antidepressivas ISRS ou psicotrópicos como o lítio só devem ter o uso concomitante com supervisão médica.

Não se deve administrar a medicação com inibidores da MAO.

Outras interações que exigem cautela são da Paroxetina com o antibiótico linezolida e o cloreto de metiltionina.

Cautela também com o uso com as seguintes medicações: pimozida, rifampicina, carbamazepina, fenitoína e fenobarbital. Ainda os medicamentos: ritonavir (para tratamento do HIV), prociclidina, valproato de sódio, bloqueadores neuromusculares.

Outras interações medicamentosas que merecem atenção são outros antidepressivos, como: nortriptilina, amitriptilina, desipramina e imipramina.

Neurolépticos também devem ser administrados junto com a medicação com supervisão médica, como a risperidona.

Mais interações que exigem cuidados: atomoxetina, medicamentos antiarrítmicos do tipo 1c (flecainida, propafenona e metoprolol), tamoxifeno, endoxifen, terfenadina.


Além disso, Paroxetina está contraindicada para pessoas com sensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.

Bebidas alcoólicas devem ser ingeridas com moderação, durante o tratamento com o fármaco.

O antidepressivo também está contraindicado para menores de 18 anos.

Superdosagem Com a Medicação

Tomar quantidades muita acimas das prescritas pelo médico pode ser perigoso. A superdosagem com a Paroxetina pode levar o paciente ao coma ou a síndrome serotonérgica – onde há risco de óbito.

Levar o paciente em superdosagem imediatamente a um posto de atendimento médico de emergência e urgência.

Se possível, portar a embalagem da medicação e informar a equipe de atendimento quanto da substância foi ingerida pelo paciente.

Caso não seja possível deslocar o paciente, ligar para o número 192 de qualquer aparelho telefônico e qualquer horário, pois o atendimento é 24 horas.


Uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) se deslocará até o local onde o paciente em situação de superdosagem se encontra.

Como Adquirir o Medicamento

Paroxetina se trata de um medicamento controlado. Dessa forma, para adquiri-lo é preciso apresentar a receita médica na farmácia ou drogaria, que irá reter o documento.

IMPORTANTE: Esse conteúdo é apenas para fins educacionais e não substitui de forma alguma a orientação de um médico. Consulte sempre um médico.