O Cloridrato de Dopamina – também chamado apenas de Dopamina – é uma medicação para controlar e tratar os sintomas de diversos problemas graves cardiológicos.
Apresentação e Composição
O medicamento é apresentado em solução injetável, geralmente, para uso ambulatorial e hospitalar.
Cada ml da medicação contém 5 mg de Cloridrato de Dopamina. Além dos veículos: cloreto de sódio, bissulfito de sódio, água de osmose reversa.
Indicações de Dopamina
A medicação está indicada para tratar pessoas que tiveram problemas cardiológicos em geral. As principais indicações do medicamento são:
Estados de choque circulatório: choque cardiogênico pós-infarto, choque séptico, choque anafilático, retenção hidrossalina de etiologia variada;
- Hipertensão arterial;
- Infarto do miocárdio;
- Hipotensão;
- Hipovolemia (falta de sangue no coração.
Como o Medicamento é Usado?
A Dopamina tem sua administração através de infusão intravenosa, depois da diluição do medicamento para uso no paciente.
Em geral, o uso do medicamento é feito em ambiente ambulatorial ou hospitalar. Isso porque a medicação necessita ser administrado por meio de uma bomba de infusão, que garante que seja injetada no paciente a dose exata e necessária da substância.
Vale ressaltar ainda que o paciente, durante a aplicação da medicação deve receber uma monitorização hemodinâmica – em especial, se ele sofrer ou sofreu de problemas como: insuficiência cardíaca congestiva ou doença cardíaca isquêmica.
O processo de infusão da Dopamina deve ser finalizado reduzindo-se as quantidades injetadas no paciente. Isso porque a interrupção de maneira abrupta do procedimento pode levar o paciente a manifestar pressão arterial baixa aguda.
Quais são as Contraindicações?
O medicamento não deve ser aplicado nos casos:
- Pacientes que sofram de feocromocitoma (tumor na glândula suprarrenal);
- Pessoas que apresentem hipersensibilidade aos quaisquer um dos componentes da fórmula;
- Portadores de hipertireoidismo;
- Pessoas com arritmias não (fibrilação ventricular ou taquiarritmias);
- Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez sem autorização médica;
- Mulheres em fase de amamentação sem autorização médica.
Qual a Ação da Dopamina no Organismo?
A administração da medicação auxilia a melhorar a pressão arterial dos pacientes, intensificar a força de contração do coração e a regular os batimentos cardíacos em pessoas sofrem ou já sofreram com problemas cardíacos.
Além disso, regula as funções cardiovasculares em geral, em casos de choques graves, em que apenas a infusão de soro não melhora o quadro do paciente.
O tempo de ação da substância é de apenas 5 minutos.
Quais são as Reações Adversas?
Como todo medicamento, a infusão da substância pode apresentar ao paciente reações adversas. Entre as principais delas, podemos mencionar: :
- Batimentos ectópicos (desregulares);
- Arritmia ventricular (com doses muito elevadas);
- Dor anginosa;
- Taquicardia;
- Palpitação;
- Complexo QRS alargado;
- Hipertensão;
- Hipotensão;
- Vasoconstrição;
- Náusea;
- Dispneia;
- Azotemia (excesso de nitrogênio no sangue;
- Vômitos;
- Ansiedade;
- Dor de cabeça;
- Gangrena das extremidades onde foram administradas por períodos prolongados;
- Gangrema em pacientes com doença vascular oclusiva;
- Piloereção (suspensão de pelos);
- Cianose periférica;
- Dispneia;
- Piora de Distúrbios vasculares pré-existentes;
- Descamação e necrose tecidual e superficial da pele;
- Vasoconstrição por aumento da pressão diastólica;
- Redução da concentração sérica de prolactina em pacientes graves.
Outros casos onde deve haver cautela no processo de infusão de Dopamina são:
Pacientes Idosos
Pacientes a partir do 65 anos de idade devem começar o tratamento de infusão da medicação com o uso das menores doses possívesi, porém, que ofereçam, ao mesmo tempo, resultados eficazes para essas pessoas.
Pacientes Pediátricos
Não existem níveis seguros para a infusão de doses de Dopamina em pacientes pediátricos. Por isso, até o momento, a administração do medicamento nas crianças ainda permanece contraindicada.
Porém, existem casos onde o médico pediatra autoriza a infusão da substância em pacientes pediátricos. Nesses casos, que são raros, é recomenda-se usar a menor dose de Dopamina possível – para evitar efeitos colaterais desagradáveis, como por exemplo, a hipotensão acentuada após a infusão da substância.
Pacientes com Insuficiência Renal
Pacientes que sofram também de insuficiência renal deve ter a infusão da substância limitada. Nesses casos, recomenda-se que esse tipo de paciente passe por um processo de preparação, como o uso de medicamentos diuréticos, alguns dias antes da infusão de Dopamina.
Pacientes com Hipertensão Arterial
Pessoas que apresentem pressão arterial alta costumam apresentar uma resposta satisfatória com o processo de infusão da substância. Basta que o profissional responsável monitore o aumento da frequência cardíaca desses tipos de pacientes.
Quais Interações Medicamentosas Possíveis?
Assim como acontece com qualquer medicamento, em algumas situações a Dopamina pode interagir com outros remédios. Nesses casos, o médico responsável deve avaliar se é possível ou não o uso em conjunto dos fármacos envolvidos:
- Antidepressivos tricíclicos;
- Inibidores da monoamino-oxidase a ergonovina;
- Isocarboxazida:
- Cloridrato de pargilina;
- Sulfato de tranilcipromina;
- Sulfato de fenelzina;
- Fenitoínas;
- Agentes com efeitos hemodinâmicos;
- Halotano;
- Ciclopropano;
- Diuréticos;
- Anestésicos voláteis;
- Alguns fármacos ocitócicos;
- Vasopressores;
- Bloqueadores alfa-adrenérgicos;
- Bloqueadores beta-adrenérgicos (como o metoprolol e o propranolol);
- Aminofilina;
- Bicarbonato de sódio e demais soluções alcalinas intravenosas;
- Tiopental sódico;
- Furosemida;
- Ampicilina;
- Insulina;
- Sulfato de gentamicina;
- Anfotericina B;
- Oxacilina sódica;
- Cefalotina sódica; entre outros.
Superdosagem Com Dopamina
Como o procedimento é feito via infusão com bombas apropriadas e em ambiente hospitalar, estão descartados possíveis casos de o paciente fazer uso excessivo da medicação.